VANITAS
Ontem foi dia de Arte no Panteão.
Centenas de pessoas encheram o Panteão Nacional, para um momento radical e inovador. Aqui se cruzarão, durante os próximos três meses, uma obra seiscentista pertencente à coleção do Museu Nacional de Arte Antiga, de autoria desconhecida, e uma “vanitas” contemporânea, da autoria de Aryz (n. 1988). O projeto de arte urbana foi desenvolvido pela UNDERDOGS e foi gerido e financiado pela Câmara Municipal de Lisboa.
A arte urbana afirma-se, hoje, como um elemento poderoso de intervenção cultural e política. E leva-nos, neste caso concreto a uma reflexão. Como se lê no texto de Aryz “tanto a obra, como a sua localização convidam-nos a a contemplar a natureza cíclica da vida e a da morte. O díptico exorta-nos a refletir sobre a nossa mortalidade como indivíduos, o Panteão convida-nos a ter em consideração o legado perpétuo daqueles que deram forma a um destino coletivo”.
Em exibição até dia 23 de junho, na nave central (a obra de Aryz) e na antecâmara do coro alto (a tela do MNAA).