Abílio Manuel de Guerra Junqueiro, imortalizado como Guerra Junqueiro, foi uma importantíssima personalidade literária da viragem do século XIX para o séc. XX, distinguindo-se como poeta e escritor.
Nascido em Freixo de Espada-à-Cinta, 15 de setembro de 1850, Guerra Junqueiro licenciou-se em Direito na Universidade de Coimbra. Depois de ter passado pelo Seminário, escolheu seguir uma carreira literária, distinguindo-se como poeta e escritor.
Teve relevante participação cívica, integrando o movimento académico de Coimbra, conhecido como Geração de 70, ao lado de Antero de Quental, Eça de Queirós, Ramalho Ortigão, Oliveira Martins, pugnando pela renovação da vida política e cultural portuguesa
Foi também um importante actor político, antimonárquico, tendo sido deputado entre 1878 e 1891. Na sequência do Ultimatum inglês (1891), Guerra Junqueiro publicaria os opúsculos «Finis Patriae» e «Pátria», juntando-se à contestação nacional gerada em torno do governo português e da Casa de Bragança pela falta de firmeza na oposição à perda de domínio português nos territórios coloniais africanos situados entre Angola e Moçambique (o “mapa cor de rosa”).
Guerra Junqueiro faleceu a 7 de julho de 1923 e teve exéquias fúnebres nacionais para o Mosteiro dos Jerónimos, de onde foi conduzido para o Panteão Nacional em 1966.