Sidónio Bernardino Cardoso da Silva Pais nasceu em Caminha no dia 1 de maio de 1872, tendo-se afirmado no panorama nacional como militar e político.

Iniciou a sua carreira militar em 1888 na Escola do Exército, sendo sucessivamente promovido a alferes (1892), tenente (1895) e capitão (1906).

Paralelamente à sua formação militar, frequenta a Universidade de Coimbra e licencia-se em Matemáticas no ano de 1898. Foi nomeado professor catedrático da cadeira de Cálculo Diferencial e Integral desta Universidade e, em 1911, assumiu funções como diretor da Escola Industrial Brotero.

A sua carreira política desenvolve-se após a implantação da República, tendo exercido as funções de deputado, Ministro do Fomento, da Guerra, das Finanças, dos Negócios Estrangeiros, e ainda de embaixador de Portugal em Berlim.

 

Entre 14 Novembro de 2018 a 5 de Maio de 2019, o Panteão Nacional disponibilizou a exposição
Sidónio Pais: o retrato do país no tempo da Grande Guerra

Retrato oficial do Presidente Sidónio Pais. Henrique Media. Museu da Presidência da República

A oposição à participação de Portugal na Grande Guerra e a afirmação como principal líder da contestação ao Governo, à frente da Junta Militar Revolucionária, conduziram-no à liderança do golpe de estado, de 5 de dezembro de 1917 que afastou da presidência Bernardino Machado.

Sidónio Pais assumiria as funções presidenciais a 27 de dezembro de 1917, e simultaneamente de líder do Governo, até nova eleição. Proclamado Presidente da República a 9 de maio de 1918, por sufrágio direto dos cidadãos eleitores, obteve uma votação sem precedentes, que contou com o apoio de monárquicos e católicos.

O estado de graça do regime sidonista terminaria com uma forte contestação social. O Presidente não escaparia à espiral de violência instalada, sendo assassinado a tiro, a 14 de dezembro de 1918, na Estação do Rossio, por José Júlio da Costa, um militante republicano.

Sidónio Pais viria a entrar no imaginário português como um misto de salvador e de mártir. O seu corpo foi sepultado no Mosteiro de Belém e trasladado em 1966 para o Panteão Nacional.